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Candomblé​ e sua História

Inicialmente referido a certo tipo de dança, o candomblé passou a significar também a própria cerimônia religiosa dos negros afro-brasileiros, assim como o próprio local em que se realiza.

Enquanto ligado às fontes africanas, de cujo meio provieram os escravos, considera-se um espaço de resistência cultural. Seus praticantes julgam-se depositários, mantenedores e perpetuadores de uma tradição, herdada das várias nações africanas, que procuram reproduzir com fidelidade.

Tem-se daí, nações e rituais sudaneses-jeje (daomeanos), nagô (ioruba e compostos), bantos (angola, congo e compostos), além dos candomblés de caboclo, nos quais os orixás são representados por entidades caboclas ou espíritos de chefes e guerreiros indígenas brasileiros considerados evoluídos. Há também a adoção da Linha das Almas, dominada pelos espíritos dos negros (pretos velhos) considerados de grande sabedoria (Pai Joaquim, Vó Catarina, Pai João e outros), principalmente no trato com ervas. Essas entidades, encarnações nos cavalos (fiéis possuídos), dão orientação para a solução de problemas do dia-a-dia.

O candomblé envolve uma complexa organização de crenças e rituais. Os cultos, em torno de uma ordem de orixás e divindades intermediárias, realizam-se em terreiros, cada um deles formado por vários cômodos.

Num deles realizam-se danças públicas dos fiéis, possuídos por suas divindades. Um outro é o peji, onde orixás estão assentados e em que só entram os iniciados ou pessoas em certas condições de pureza.

As cerimônias, abertas ao público, realizam-se noite adentro, acompanhadas de instrumentos de percussão: atabaque, agogô, adjá, caxixi, ajê, xaque-xaque, tambores de vários tamanhos.

Segundo o orixá homenageado, matam-se animais (cabrito, galinha) e algumas das suas partes são preparadas e oferecidas no assentamento do orixá.

Esta oferenda é o padê de Exu, entidade considerada mensageira dos orixás e que pode impedir influências perturbadoras no desenrolar da cerimônia: cantos e músicas invocativas das divindades e depois a dança, com roupas apropriadas.

Uma das características fundamentais do candomblé é o longo processo de iniciação. Inclui a lavagem de contas (o colar lavado pelo chefe do terreiro nas cores do orixá do iniciado) e o bori, que significa dar de comer à cabeça, para fortalecer a pessoa e colocá-la em contato mais estreito com o mundo sagrado. Depois de ter a cabeça lavada com sangue de animal de duas patas, essa pessoa, com colar lavado e o bori, é chamada abiã. Há um primeiro grau de iniciação, após o qual ela se torna iaô. Depois de cumprir de um a sete anos de obrigações, passa-se à categoria de eboni.

O posto mais alto na hierarquia do candomblé é ocupado pelo pai-de-santo ou babalorixá; quando mulher é a mãe-de-santo ou ialorixá. Em seguida vêm a iiá kerere (segunda sacerdotisa), os ogans (sempre homens, os protetores do terreiro), o alabê (que toca e dirige os atabaques) e, entre outros, a cidadã, encarregada do padê de Exu.

Candomblé: Religião e culto de origem africana praticado no Brasil, mais intensamente na Bahia, desde a escravidão. (Equivale à macumba, no Rio de Janeiro e São Paulo; xangô, catimbó e toré, no Nordeste; babaçuê e batuque, no Pará; pajelança, no Amazonas; e tambor de mina, no Maranhão.

A ORIGEM DO NOME CANDOMBLÉ

O culto da forma como é aqui no Brasil praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o que se chama de culto à Òrìsá, ou seja, cada região africana cultua um Òrìsá e só inicia Elegun ou pessoa daquele Òrìsá.

Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil.

Por esse motivo, antigos Bàbálorìsás e Yàlorìsás evitavam chamar o “culto dos Òrìsás” de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo à palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas.

A palavra Candomblé possui dois significados entre os pesquisadores:

Candomblé seria uma modificação fonética de Candonbé, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de Candonbidé, que quer dizer ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa.

NAÇÕES

Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, conforme a seguir: Candomblé da Nação Ketu, Candomblé da Nação Jeje, Candomblé da Nação Angola, Candomblé da Nação Congo, Candomblé da Nação Muxicongo. A palavra Nação entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos.

O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos Mahin.

Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokuta, Ijesá, Ebá e Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual às demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu. Esses yorubás, quando guerrearam com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil.

 

Quando os yorubás chegaram naquela região sofrida e maltratada, foram chamados pelos Fons de Ànagô, que quer dizer na língua Fon piolhentos, sujos entre outras coisas.

A palavra com o tempo se modificou e ficou Nàgó e passou a ser aceita pelos povos yorubás no Brasil, para definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada Nàgó.

No Brasil, a palavra Nàgó passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região norte, mais conhecido como Sangò do Nordeste. Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes yorubás. Porém, existem variações de Nações, por exemplo, Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijesá. Efan é uma cidade da região de Ilesá próxima a Osobô e ao rio Òsún. Ijesá não é uma nação política.

Ijesá é o nome dado às pessoas que nascem ou vivem na região de Ilesá, que caracteriza a Nação Ijesá no Brasil é a posição que desfruta Òsún como a rainha dessa nação.

Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu.

Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo.

A partir de Maria Néném e depois os Candomblés de Mansu Bunduquemqué do falecido Bernardino Bate-folha e Bam Dan Guaíne muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras. Nesse estudo sobre Nações de Candomblé, poderia relatar sobre outras formas de Candomblé, como por exemplo, Nàgó-vodun que é uma fusão de costumes yorubás e Jeje, e o Alaketu que não é uma nação específica, mas sim uma Nação yorubá com a origem na mesma região de Ketu, cuja sua história no Brasil soma-se mais de trezentos e cinqüenta anos ao tempo dos ancestrais da casa.

A verdade é que o culto nigeriano de Òrìsá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nas primeiras casas de Candomblé, os homens não entravam na roda de dança para os Òrìsás. Mesmo os que se tornavam Bàbálorìsás tinham uma conduta diferente quanto à roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter-se que se inserirem no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de Ogans.

A palavra Candomblé no Brasil define o que chamamos de Culto Afro-Brasileiro.

Candomblé – Tipos

O termo “candomblé” era usado inicialmente para designar apenas certo tipo de dança, mas passou a significar também o próprio ritual religioso dos negros africanos.

A principal diferença entre os vários tipos de candomblé existentes no Brasil é a origem étnica.

Existem, entretanto, quatro características comuns e importantes para caracterizá-lo como de origem africana: a possessão pela divindade, o caráter pessoal da divindade, o oráculo e o despacho de Exu.

Há quem faça distinção entre o candomblé e a umbanda enquanto rituais. Ambos são religiões afro-brasileiras, mas a umbanda se caracteriza pela mistura do candomblé e do espiritismo, estando, dessa forma, voltada para os feitiços.

O termo quimbanda, é usado para definir a parte da umbanda que é voltada para magia negra, conhecida como: macumba.

No candomblé utilizam-se mais as danças e os trabalhos com forças advindas da natureza, como as do mar, do fogo, do ar, dos rios e florestas, representadas pelos orixás.

O candomblé praticado atualmente se encontra modificado, marcado por forte sincretismo religioso, decorrente das influências culturais dos brancos e indígenas.

Essa foi uma alternativa de sobrevivência da religião. Entretanto, nos dias de hoje, observa-se a tentativa de retomar as tradições africanas, afastando os elementos católicos de seus rituais.

O candomblé distingui-se dos outros cultos por não ser praticado diante do altar, mas dançado de forma primitiva nos terreiros, com cantos envolventes ao som do agogô e do atabaque, considerado instrumento sagrado por transmitir a mensagem dos deuses.

Acredita-se que durante o ritual os orixás descem do mundo desconhecido e incorporam-se em seus filhos, chamados cavalos, concedendo-lhes poderes de atuação para o bem e para o mal. Os filhos-de-santo, na maioria do sexo feminino, são os sacerdotes dos orixás, assim como os padres são os representantes de Deus na Igreja Católica. Nem todo, porém, são preparados para “receber” os santos.

Existem os que cuidam dos cavalos quando os orixás “baixam”, os que sacrificam os animais, os que tocam os atabaques e os que preparam a comida. Os búzios, usados como instrumento de adivinhação, é que vão dizer qual a função de cada um. Para cada orixá há um canto, dança e indumentária especiais. As cerimônias acontecem de preferência em locais afastados, à noite, e em contato com a terra, que transmite as forças da natureza. Sua estrutura, chamada “ordem de xirê” (brincadeira, na língua iorubá). divide a festa em três partes. A primeira acontece à tarde, com sacrifícios e oferendas.

 

A segunda é a festa em si, à noite, na presença do público, quando os filhos-de-santo “incorporam” os orixás. E a terceira fase, o encerramento, com a roda de Oxalá, o deus criador do homem.

A entrada para essa hierarquia é a indicação do orixá. É o que se chama bolar no santo. A partir daí, o abiã (noviço) tem de se submeter aos rituais de iniciação cerimônias do bori, orô e saídas de iaô.

Um recém-iniciado passa de um a seis meses vivendo dentro de severas restrições. É o tempo de quelê o período em que o abiã usa um colar de contas justo ao pescoço. Enquanto usar o quelê, ele deve vestir branco, comer com as mãos e sentar-se só no chão. Estão proibidas as relações sexuais e os pratos que não sejam os de seu orixá.

As obrigações não terminam por aí: o iniciado terá de cumprir ainda três rituais depois de um ano, três anos e sete anos, com sacrifícios, toques e oferendas. Só depois ele pode se candidatar a ebômi, o degrau seguinte da hierarquia. As danças do candomblé são executadas com movimentos exóticos de braços e pernas, conforme cada orixá, com os olhos fechados ou arregalados, e chegam a causar alterações fisionômicas em quem as pratica.

 

Através desse ritual, o candomblé perpetua-se e sua prática se espalha por todo o Brasil. Encontra-se também associado aos cortejos do ciclo carnavalesco, como afoxés, e maracatus, enriquecendo e fortalecendo, dessa forma, as festas afro-brasileiras e o folclore nacional.

Há quatro tipos de candomblé:

O Queto, da Bahia, o Xangô, de Pernambuco, o Batuque, do Rio Grande do Sul, e o Angola, da Bahia e São Paulo. O Queto chegou com os povos nagôs, que falam a língua iorubá.

Saídos das regiões que hoje correspondem ao Sudão, Nigéria e Benin, eles vieram para o Nordeste. Os bantos saíram das regiões de Moçambique, Angola e Congo para Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Criaram o culto ao caboclo, representante das entidades da mata.

 

A mistura com o catolicismo foi uma questão de sobrevivência. Para os colonizadores portugueses, as danças e os ri- tuais africanos eram pura feitiçaria e deviam ser reprimidos. A saída, para os escravos, era rezar para um santo e acender a vela para um orixá. Foi assim que os santos católicos pegaram carona com os deuses africanos e passaram a ser associados a eles. A partir da década de 20, o espiritismo também entrou nos terreiros, criando a umbanda, com características bem diferentes. 

 

Assim, o candomblé já se incorporou à alma brasileira. Tanto é que o país inteiro conhece o grito de felicidade a saudação mágica que significa, em iorubá, energia vital e sagrada: Axé!

 

TERREIROS

Os terreiros são comunidades de vida em que a visão de mundo africana se mantém presente e viva; em que a reconstrução familiar-clânica continua subsistindo e em que a vida comunitária revela os traços culturais dos africanos.

Todos os membros se encontram unidos na mesma fé, protegidos pelos orixás, submissos a uma autoridade religiosa e espiritual, na qual uma solidariedade econômica-religiosa fundamenta a co-responsabilidade do trabalho.

 

Os membros estão unidos como uma parte num todo por laços consanguíneos de iniciação e por referências a um mundo acompanhado pelos ancestrais.

A autoridade espiritual e moral é concentrada nas mãos dos “pais?” ou “mães de santo”, chamados também de “babalorixás” ou “ialorixás”. O nome “mãe” e “pai” significa que os adeptos aceitam uma segunda educação pelas mãos de pessoas significativas em suas vidas.

Cabe aos chefes do terreiro presidir as cerimônias religiosas, receber os convidados, raspar a cabeça dos iniciados, supervisionar os ritos e apontar os novos iniciados.

 

Candomblé – Religião

O enorme crescimento das religiões mediúnicas no Brasil, nos últimos anos, trás á reflexão uma série de temas que não podem passar despercebidos. O Candomblé, em especial, tem atraído a atenção de uma variada gama de estudiosos, para não mencionar o fato de que começa a fazer novos adeptos, cada vez mais, nas camadas mais letradas – onde sempre se localizou o preconceito.

O Candomblé, ao lado de outras correntes espirituais, propicia um contato mais aberto com o que a Bíblia denomina: demônios, espíritos das trevas. Podemos observar sua influência na cultura brasileira, basta visitarmos os museus da Bahia, ou observarmos os blocos carnavalescos, a cantigas de roda (samba lele tá doente, tá com a cabeça quebrada…) etc.

Entre duas Correntes

Entende-se como cultos afro-brasileiros duas correntes principais, o Candomblé e a Umbanda. Um é a religião africana trazida pelos negros escravos para o Brasil e aqui cultuada em seu habitat natural (onde não era apenas um, mas uma série de diferentes manifestações especificas de cada região), diferenças essas acentuadas pela várias regiões do seu país de origem. Outra é uma religião nova, desenvolvida no Brasil como a síntese de um processo de sincretismo das mais diferentes fontes, que vão do catolicismo, passando pela macumba, pelo Kardecismo, e até pôr cultos tipicamente indígenas. Assim, dentro das duas diferentes correntes básicas, uma série de subcorrentes se manifesta, dando origem a significados às vezes amplamente diversos para o mesmo culto (no final das contas tudo é espiritismo, e provem da mesma fonte: o diabo).

 

As Origens do Candomblé

Com a colonização do Brasil faltaram braços para a lavoura. Com isso, os proprietários da terra tentaram subjugar o índio pensando em empregá-lo no trabalho agrícola. Entretanto, o índio não se deixou subjugar, o que levou os colonizadores a voltarem-se para a África em busca de mão-de-obra para a lavoura. Começa assim um período vergonhoso da História do Brasil, como descreve o poeta Castro Alves em suas poesias Navio Negreiro e Vozes D`África

 

Acredita-se ? que os primeiros escravos africanos chegaram ao primeiro mundo já 1502. Provavelmente, os primeiros carregamentos de escravos chegaram em Cuba em 1512 e no Brasil em 1538 e isso continuou até que o Brasil aboliu o tráfico de escravos em 1850 e na Espanha finalmente encerrou o tráfico de escravos para Cuba em 1866.

A maioria do três milhões de escravos vendido à América Espanhola e o cinco milhões vendidos ao Brasil num período de aproximadamente três séculos, vieram da costa ocidental da África. Era muito cruel o tratamento imposto aos escravos desde o momento da partida da África e durante a viagem nos navios chamados ?tumbeiros?, que podia se estender a cerca de dois meses.

Os maus tratos continuariam depois, para a maioria deles até a morte.

Edson Carneiro informa que o tráfico trouxe escravos de três regiões: da Guiné Portuguesa, do Golfo da Guiné (Costa da Mina) e de Angola, chegando até Moçambique.

Os africanos chegaram divididos em dois grupos principais: sudaneses (os de Guiné e da Costa da Mina) e os bantos (Angola e Moçambique). Os da Costa da Mina desembarcavam na Bahia, enquanto que os demais eram levados para São Luís do Maranhão, Bahia, Recife e Rio de Janeiro, de onde se espalhavam para outras regiões do Brasil, como litoral do Pará, Alagoas, Minas Gerais e São Paulo.

 

A presença do orixá é necessária tanto na Umbanda como no Candomblé. É de origem africana que foram trazidos pelos negros escravizados. Seu culto é a essência do Candomblé, e foi mantido vivo no Brasil.

O continente africano, na época das grandes levas de escravos, era ainda mais fragmentado politicamente do que hoje. O conceito de nação ou Estado, em seu significado mais restrito, não encontra correspondente na realidade geopolitica africana desse período.

 

Diversas nações de tribos fragmentavam qualquer ideia de unidade cultural, ainda que, cercada pela selva, muitas dessas comunidades nunca entraram em contato nem tiveram notícia da existência de outras. Isto resulta numa grande diferença de culto de região para região, onde os nomes de um mesmo orixá são absolutamente diferentes.

No Brasil, porém, pode-se notar um culto predominante do ritual e das concepções iorubá – um povo sudanês da região correspondente à atual Nigéria, que dominou e influenciou politicamente e culturalmente um grande número de tribos. Esse culto se estendeu pôr toda a América, com exceção (se bem que há notícias do estabelecimento cada vez maior destes cultos) da América do Norte, com maior destaque para Cuba e Brasil.

Os Orixás e Outras Entidades no Candomblé

Quem são os Orixás

De acordo com o Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros de Olga Cacciatore, os orixás são divindades intermediárias entre Olorum (o deus supremo) e os homens. Na África eram cerca de 600 – para o Brasil vieram talvez uns 50, que estão reduzidos a 16 no Candomblé, dos quais só 8 passaram para à Umbanda.

Muitos deles são antigos reis, rainhas ou heróis divinizados, os quais representam as vibrações das forças elementares da Natureza – raios, trovões, tempestades, água; atividades econômicas, como caça e agricultura; e ainda os grandes ceifadores de vidas, as doenças epidêmicas, como a varíola, etc.

Origem Mitológica dos Orixás

Quanto à origem dos orixás, uma das lendas mais populares diz que Obatalá (o céu) uniu-se a Odudua (a terra), e desta união nasceram Aganju (a rocha) e Iemanjá (as águas).

Iemanjá casou-se com seu irmão Aganju, de quem teve um filho, chamado Orungã. Orungã apaixonou-se loucamente pela mãe, procurando sempre uma oportunidade para possuí-la, até que um dia, aproveitando-se da ausência do pai, violentou-a. Iemanjá pôs-se a fugir, perseguida pôr Orungã.

 

Na fuga Iemanjá caiu de costas, e ao pedir socorro a Obatalá, seu corpo começou a dilatar-se grandemente, até que de seus seis começaram a jorrar dois rios que formaram um lago, e quando o seu ventre se rompeu, saíram a maioria dos orixás. Pôr isto Iemanjá é chamada a mãe dos orixás.

Os Orixás e o Sincretismo

O sincretismo religioso é também um aspecto significante dos cultos afros. Sincretismo é a união dos opostos, um tipo de mistura de crenças e idéias divergente.

Os escravos não abriram mão de seus cultos e suas divindades. Devido a um doutrinamento imposto pelo catolicismo romano, os africanos começaram a buscar na igreja, santos correspondentes aos seu orixás.

Muitos dos orixás nos cultos afros encontrará no Catolicismo um santo correspondente – pôr exemplo:

Exu – diabo - Grande erro, pois sua relação deveria ser com Anjo da Guarda, nosso guardião.
Iemanjá – Nossa Senhora
Ogum – São Jorge
Iansã – Santa Bárbara
Iemanjá – Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Imaculada Conceição
Oxóssi – São Sebastião
Oxalá – Jesus Cristo – Senhor do Bonfim
Omulú – São Lázaro
Ossain – São Benedito
Oxumaré – São Bartolomeu
Xango – São Jerônimo

As Outras Entidades

Também presentes nos cultos afros-brasileiros estão espíritos que representam diversos tipos de humanos falecidos, tais como: caboclos (índios ), pretos-velhos (escravos), crianças, marinheiros, boiadeiros, ciganos, etc.

Origem no Candomblé

O Candomblé é uma religião com vasta cultura e rica em preceitos.

A origem do Candomblé se deu na cidade de Ife na áfrica o Candomblé é uma religião que teve origem na cidade de Ifè, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros Iorubas.

Seus deuses são bem escolhidos pelos Orixàs para cuidar deles e ajudá-los.

 

Embora sejam consideradas autoridades dentro da roça, não podem ser Mães de Santo, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vêm os Ogãs, que tocam os atabaques e ajudam o Pai de Santo nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintar os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazer o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que “rasparam o Santo”, ou melhor, raçoaram a cabeça para um Santo a pedido deste.

Às vezes o Santo, ou Orixà, incorpora em determinadas pessoas, mas não há necessidade que haja esta “incorporação? para que uma pessoa raspe o Santo.

 

Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode se sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios.

O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo.

 

É necessária dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da seita. Seus preceitos são todos os fundamentos e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios.

Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer paz e felicidade.

Os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país. Essú, Ògún, Osossi, Osanyin, Obalúayé, Òsùmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Obá, Ewa, Osun, Yemanjá, LogunEde, Oságuian e Osàlufan.

O Pai ou a Mãe de Santo é a autoridade máxima dentro do Candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os Orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumem o cargo para o qual estão destinadas.

Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixàs para que cumpram seu destino.

 

Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixàs são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses.

Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres bem escolhidas pelos Orixàs para cuidar deles e ajudá-los. Embora sejam consideradas autoridades dentro da roça, não podem ser Mães de Santo, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar.

A seguir vem os Ogâs, que tocam os atabaques e ajudam o Pai de Santo nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintar os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazer o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que “rasparam o Santo”, ou melhor, raçoaram a cabeça para um Santo a pedido deste. Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não há necessidade que haja esta “incorporação” para que uma pessoa raspe o Santo.

Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode se sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios.

O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo. É necessária muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da seita. Seus preceitos são todos os fundamentos e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios.

Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer paz e felicidade.

ORIGEM DO CANDOMBLÉ: IFÉ

A antiga cidade de Ifé, ao sudom este da atual Nigéria, deslumbrava desde o começo do século como a capital religiosa e artística do território que cobria uma parte central da atual República do Daomé.

É a fonte mística do poder e da legitimidade, o berço da consagração espiritual, e para onde voltaram os restos mortais e as insígnias de todos os reis iorubás. A civilização de Ifé, ainda hoje, é pouco conhecida e apresenta uma criação artística variada do realismo, enquanto que a maioria da arte africana é abstrata.

 

O material empregado na arte de Ifé espanta e abisma qualquer historiador, incluindo os próprios africanistas. Ao lado das esculturas em pedra e terracota (argila modelada e cozida ao fogo) tradicionais na África, estão as esculturas em bronze e artefatos em pérola.

Uma das artes mais conhecidas é a de Lajuwa, que segundo o povo de Ifé permaceu no palácio real, mostrando os vestígios em terracota, antes de ter sido redescoberta.

Lajuwa foi o camareiro de Oni (soberano do reino de Ifé ou Aquele que possui). A atribuição dessa terracota a Lajuwa não é estabelecida de maneira segura, entretanto a escultura foi preservada e conservou uma superfície lisa, ainda que o nariz tenha sido quebrado.

A maior parte das descobertas das obras foi feita nos BOSQUETES SAGRADOS: vastas extensões de terras situadas no coração da savana.

 

Cada uma destas descobertas é consagrada a esta ou aquela divindade, entre elas:

BOSQUETE SAGRADO DE OLOKUM: cobre uma superfície de 250 ha, ao norte da saída da cidade de Ifé. É dedicado a OLOKUM, divindade do mar e da riqueza
BOSQUETE SAGRADO D’IWINRIN: encerra numeroso tesouro artístico, testemunhado, na maior parte, uma arte extremamente.

O material empregado na arte de Ifé espanta e abisma qualquer historiador, incluindo os próprios africanistas”.

História do Candomblé

O candomblé é uma religião que teve origem na cidade de Ifé, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubas. Seus deuses são os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país: Essú, Ògun, Osossì, Osanyin, Obalúaye, Òsúmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Oba, Ewa, Osun, Yemanjá, Logun Ede, Oságuian e Osàlufan.

 

O pai ou a mãe de santo é a autoridade máxima dentro do candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumam o cargo para o qual estão destinadas.

Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixás para que cumpram seu destino.

Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixás são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses.

Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres também escolhidas pelos Orixás para cuidar deles e ajudá-los. Embora seja considerada autoridade dentro da roça, não podem ser Yalorixás, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vem os Ogans, que tocam o atabaques e ajudam o Babalorixá nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintas os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazerem o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que rasparam o Santo, ou melhor, rasparam a cabeça para um Santo a pedido deste.

Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não necessidade que haja esta ?incorporação? para que uma pessoa raspe o Santo. Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode ser sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios.

 

O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo. É necessária muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da religião. Seus preceitos são todos fundamentados e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios. Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer muita paz e felicidade.

FONTE DENTRE ELAS DESTACAMOS www.terrabrasileira.net/www.cacp.org.br/www.rosanevolpatto.trd.br/afroode.spaces.live.com/dofonodelogum.sites.uol.com.br

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